Deixa eu me apresentar, que eu acabei de chegar

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Eu começo esse texto em 18 de setembro de 1994. A gente nascia ali: em São Paulo, capital, às 11h49 da manhã. Eu e meu pai, o Valdir, um cara de bem com a vida que acabava de me ganhar de presente naquele que foi o dia mais feliz da vida dele, segundo ele mesmo. Foi amor à primeira vista. Dele por mim e meu por ele.

Enquanto eu era um bebê, ele se esforçava pra ser um pai menos desajeitado. Colocava fraldas ao contrário, me pesava na balança de frios da padaria e voltava das festinhas infantis com um par de sapatos bem diferente daquele que minha mãe havia me calçado na ida. Mas a intenção era boa. Minha mãe ficava brava e ele dava risada. Pra quem o conheceu, tenho certeza que consegue ouvir essa risada com requinte de deboche como se ele estivesse do seu lado agora.

Eu fui crescendo e me tornando a parceirinha dele. A memória mais viva que tenho antes dos meus três anos de idade é das idas às lojas de CDs. Meu pai colecionava fitas, CDs, discos, fotografias e muitas coisas ligadas à música e arte. Me lembro com detalhes das minhas andanças em pequenos passinhos pelos corredores entre as prateleiras de CDs enquanto meu pai ficava por horas com o fone da loja ouvindo os lançamentos da época. Era um passeio só meu e dele. Não por acaso, me tornei musicista, apreciadora da cultura e de toda e qualquer manifestação artística.

Também dele veio o meu gosto pela educação. Desde muito cedo acompanhei a caminhada profissional dele. Foram muitos os finais de semana em que acompanhei meu pai em compromissos do colégio e da faculdade. Até 2006, era ele quem tomava a frente da Unimonte, universidade aqui de Santos. Também foram muitas as vezes em que ele jantou comigo e com as minhas irmãs, com pressa porque às oito e meia ele precisava voltar pra faculdade para dar aulas. Muitas também foram as vezes em que não pudemos estar juntos por motivos do trabalho dele. Finais de semana organizando o vestibular, viagens à Brasília, eventos do Semesp e muitos outros capítulos dessa história.

É claro que meu pai me fazia falta em alguns momentos. Mas isso nunca foi uma lamentação e nem poderia ser, porque ele era o cara mais feliz e entusiasmado do planeta fazendo o trabalho dele. E quando ele estava com a gente, ele também era o cara mais feliz e entusiasmado do planeta, dessa vez, sendo nosso pai.

Por toda essa jornada, acho que a educação e eu nos misturamos. Tudo isso fazia parte da minha vida de forma automática. Não havia separação entre o que era meu pai, minha vida em família e a vida profissional dele. Acho que cresci mulher, humana e filha na mesma proporção em que cresci educadora. Não por acaso, me formei pedagoga – profissão que exerço há dez anos.

Além do meu pai educador, também tinha o meu pai publicitário. A publicidade foi a formação acadêmica dele, cujo entusiasmo se misturava com aquela paixão por arte que mencionei no início do texto. Ele era a criatividade em pessoa. O cara das ideias mirabolantes, das piadas sobre todos os assuntos, da disposição sem fim, da curiosidade sobre os mais diversos temas. A publicidade era realmente a cara dele e a “V&Young” nasceu dessa paixão.

O Valdir, meu pai, era muitos pra mim. Pai, marinheiro, remador de stand-up, atleta de corrida, escritor, crítico de cinema, professor, marketeiro, motoqueiro, enciclopédia da história do mundo, piadista, violeiro, cantor, ciclista, carregador de malas nas nossas viagens, fã do Coldplay e da Elis Regina, amigo dos meus amigos, amigo dos amigos dele, apreciador de vinhos, torcedor do Palmeiras. Em tudo, pra mim, ele era o melhor. Todo mundo que me conhece um pouquinho sabe o quão fã eu era e sou dele. E a principal razão disso, além de eu ser filha, é que ele era a pessoa que realizava qualquer coisa como se fosse a última que ele fosse fazer na vida. Em qualquer que fosse a posição em que ele estivesse, ele suava a camisa pra fazer as coisas acontecerem. Pra hoje, pra agora, pra ontem.

Esse encantamento pela vida e pelos acontecimentos era o que me encantava nele. A alegria que contagiava qualquer pessoa em qualquer situação, a risada debochada e escandalosa, o dom de fazer tudo parecer mais fácil, a mudança de planos repentina, o gosto pela vida. A intensidade. A presença. Estar vivo às vezes é só consequência de ter nascido. Mas o estado de presença é uma escolha diária. Viver presente, no presente e se fazer presente. Acho que até o último dia da minha vida, a voz dele dizendo – quase gritando – “Ação, Carolina!” vai ecoar em mim antes de qualquer coisa que eu faça.

Além de tudo isso que eu disse até aqui, existe uma característica do meu pai que, na minha opinião, é o que diferencia ele do resto do mundo: o senso de igualdade. Meu pai fazia qualquer pessoa se sentir querida e importante. Fosse o presidente da empresa ou o vendedor de balas no sinal. Ele ouvia a história de qualquer pessoa, se interessava, perguntava os detalhes, perguntava tudo. De onde veio, o que planeja, que time torce. Tudo que a pessoa falasse era importante pra ele. No restaurante, quando eu chegava com meu pai, os garçons quase brigavam pra servir a mesa dele. E ele puxava papo com todos. “Como está a família?”, “A mãe melhorou da doença?”, “O filho já se formou?”, “Verdão tá bem no campeonato, teu timinho não tá valendo nada”. O porteiro do prédio chorava inconsolavelmente do lado do caixão dele. Provavelmente, na vida dessas pessoas, nunca ninguém as tratou com tanto respeito, consideração e amizade como meu pai fazia. E ainda que profissionalmente ele tenha sido “O cara”, nada supera a lição de humanidade e humildade que ele deixou pra esse mundão.

Volto, agora, pro fatídico dia vinte e dois de julho deste ano. O dia que eu não queria ter vivido e que me trouxe até aqui.

Era uma sexta-feira normal. Eu, professora, de férias, fui com a minha madrasta até a agência do meu pai conhecer o novo espaço que ele, animado, tinha acabado de montar. De lá, combinamos de ir ao evento cultural da Unesco que estava acontecendo em Santos naquela semana. Enquanto ele terminava de resolver assuntos de trabalho no escritório, Renata e eu seguimos para o Arcos do Valongo. Era o típico passeio que costumávamos fazer em família: arte, cultura, música e comidinhas.

Ele chegou logo depois, comemos churrasco no food truck do evento, falamos sobre assuntos do dia-a-dia e fomos andando até a praça Mauá, onde aconteceu a apresentação da orquestra de Campos do Jordão. Lá, juntaram-se a nós: meu padrinho e grande amigo/irmão do meu pai, a esposa dele e o Edu, meu namorado.

Conversa vai, conversa vem, zueira vai, zueira vem, infinitas risadas debochadas e voltamos para o Arcos do Valongo, onde aconteceu mais um show do mesmo evento.

Não por acaso, eu estava acompanhada da minha câmera analógica ou “câmera do Jove”, como meu pai gostava de chamar, fazendo referência ao personagem da novela Pantanal que ele amava assistir. Naquela noite, eu tirei muitas fotos dele. Se divertindo, comendo churrasquinho no espeto, dançando, brincando. Eu fotografava as últimas horas de vida do meu pai e não fazia a menor ideia disso. Sobre o filme, eu, obviamente, vou precisar de alguns meses pra ter coragem de revelar.

Por volta das onze horas da noite, eu sugeri que fôssemos embora antes que o evento se encerrasse pra evitar a multidão. Fomos. Eu e Edu de carona com a Renata e meu pai seguiu para buscar a moto dele. Nos despedimos naquele que seria nosso último abraço.

Perto da meia noite, a Renata me liga: “Cá, seu pai caiu com a moto, precisamos ir até a Santa Casa.”. Meu coração veio na boca, minha barriga doeu. Me troquei rápido e seguimos para a Santa Casa. Lá, a noite foi longa. O final desse parágrafo vocês – infelizmente – já conhecem.

A partir daí, nada de pior poderia acontecer. Não era possível que meu pai, o melhor do mundo em tudo que fazia, tivesse sido vencido por um acidente de moto. Enfim, o vazio. O silêncio.

Alguns poucos dias após o falecimento do meu pai, me dei conta de que algumas questões dependeriam de mim. Há alguns meses atrás, eu havia lido no Instagram de uma conhecida que havia perdido a mãe e o pai num curto intervalo de tempo: “A vida não espera, ela atropela.”. A lembrança dessa frase veio forte pra mim. Ela traduzia com exatidão o meu sentimento. Eu tinha sido atropelada, de fato. Ainda assim, a vida não esperaria eu me recompor.

Como não poderia faltar uma trilha sonora pra esse texto, vou citar aqui “Marvin”, do Nando Reis. Foi uma vida inteira ouvindo Nando Reis com meu pai. Acredito que tenha sido uma das maiores referências na música pra ele. De todas as composições, a minha preferida sempre foi “Marvin”. Talvez já fosse a arte, irônica e transcendental, me preparando pra esse momento da vida. Enfim, eu vivo agora, em tempo real, a história do Marvin. “Chorei, meu pai disse ‘boa sorte’, com a mão no ombro, em seu leito de morte.” “Marvin, agora é só você, não vai adiantar, chorar vai me fazer sofrer.” Isso nunca fez tanto sentido.

E foram as conclusões dessas reflexões que me fizeram estar aqui escrevendo hoje.

Agradeço aos leitores que sempre incentivaram o trabalho do meu pai neste blog que, por sinal, ele amava fazer e aproveito a oportunidade para me apresentar: sou a Carolina, professora, estudante de Psicologia, cantora, filha do Valdir, fã do trabalho dele e, humildemente, a nova redatora deste blog. Inicio essa jornada com muita esperança e com muito amor. Não espero ser o que meu pai foi. Mas espero que todas as influências dele me guiem para trilhar um bom caminho.

Com carinho e gratidão a todos os leitores, Carol Lanza.


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32 respostas

  1. É, Cá… Como a gente sempre troca entre a gente: se a gente se questionasse menos sobre as coisas, sofreríamos menos.
    Mas talvez esse seu lado questionadora te faça ser arte da cabeça aos pés. <3
    Fico chocada com o quanto você consegue traduzir seus sentimentos em palavras de uma forma leve e doce, ainda que o tema seja o pior do mundo.
    Me arrepiei com as suas palavras do início ao fim e tenho certeza que você vai encarar esta nova jornada com muito amor, nesta sua nova fase (um tanto desafiadora) da vida.
    Tenho muito orgulho de você e vou te aplaudir em cada projeto seu.
    Juntas sempre.

    Da sua maior fã,
    Maya

  2. Texto mais lindo que já li até hoje! Foi impossível não se emocionar. Seu pai era um ser humano incrível e além de ter deixado um legado fantástico, criou “suas meninas muito bem”
    Que ter você por aqui, Carol Lanza! De onde seus pai estiver, está vibrando por você ter assumido o Blog dele.

  3. O dom está no sangue. Que texto delicado, sensível, leve, e que ainda é capaz de nos passar alegria, em meio a tanta tristeza, bem no jeito Valdir e Carol🤍 eu amo vocês🤍

    (obs.: eu escutei a risada dele aqui sim, muito nitidamente!)

    🌹

    1. Fiquei emocionada e suas palavras são tão reias, que pude ver cada cena que descreveu! Você tem um grande talento meu amor, siga seu coração e intuição, afinal, o sol vai continuar nascendo…♡

  4. Carol , com certeza Lanzinha deixou sua melhor parte ! Amei o texto , muita emoção , saudade , dor no coração , mas muito , muito orgulho de vc❤️😘

  5. Amiga, muito bom ver você seguindo os caminhos e ensinamentos do seu pai. Dentre muitas coisas em comum, vocês têm a SENSIBILIDADE em suas ações – na forma como lidam com as pessoas, nas falas e escritas – na mesma proporção do enorme coração que vocês têm!
    Ele está orgulhoso de você e sua família de onde quer que esteja e a ‘Ação, Carolina’ com certeza está acontecendo, com você cuidando dos projetos dele e fazendo acontecer todos os seus também.
    Orgulho de você, Ca! Sou sua fã.
    Te amo sempre!

  6. Impossível não se emocionar! Que texto mais lindo e sensível! Com certeza ele vibra em comemoração ao ver você neste blog. ♥

  7. Ca, você expressou tão lindamente a beleza da vida do seu pai e do laço pai/filha, que acredito que qualquer pessoa que leia esse texto conseguirá sentir o amor que sempre existirá entre vocês.

    Valdir iluminou a vida de muita gente e segue deixando sua marca através do legado que ele deixou aqui. Tenho certeza que ele está extremamente orgulhoso da mulher que você é.

    Amo vocês, sempre.

  8. Linda Carol…… você foi a primeira de suas amadas filhas. Linda reflexão, seu Pai era tudo isso e mais um pouco, amigo/irmão querido que tive o prazer de viver por longo e maravilhoso tempo!
    Perdi um pedaço de mim e de meu coração, mas ganhei a oportunidade de tê-lo em minha existência!
    Amo vc e suas irmãs como sempre o Amei e amo!
    Feliz por sua decisão de continuar esta trajetória que ele construiu.
    Muito Sucesso e esteja sempre com Deus!!

  9. Lindas palavras sobre o Tio Valdir… grande tio Valdir… de entusiasmo único, felicidade que brilhava… tio Valdir que sempre fez festa quando nos via, tio Valdir que tanto amou meu pai e a amizade deles, que criou meninas tão lindas e incríveis quanto vocês três. Não consigo imaginar a sua dor Carol, mas tenho a certeza que seu pai estará olhando por vocês e vibrando a cada passo.
    E nós, filhas do Tio Beto estaremos sempre torcendo pela felicidade de vcs.

  10. Texto lindo e emocionante. Os maiores projetos da vida de qualquer pai são os filhos. Com certeza, vc é um projeto que enche ele de orgulho, onde quer que ele esteja. Viva o Valdir e viva a Carol! ❤️

  11. Texto muito lindo Carol, seu pai marcou muito minha vida por mais que tenha sido pouco tempo de convivência, a forma com que ele levava a vida é algo para se inspirar!!
    Pode ter certeza que ele tem muito orgulho de você e de tudo que se tornou

  12. Minha maravilhosa afilhada belíssimo texto emocionante com certeza Val está orgulho com você! Ele vive em nossos corações ❤️

  13. Muito orgulho de você e da sua transformação para uma versão mais “adulta” mesmo em um momento tão difícil como esse. Não poderia ser diferente, está no sangue.

    Tenho certeza que existe uma estrelinha palmeirense vibrando pela filha incrível!

    Você é uma grande inspiração!

    Lov u! 😘

  14. “A vida não espera, ela atropela” é uma das maiores verdades que eu já li! Mas uma outra grande verdade é que não sabemos o quanto somos fortes até precisarmos ser! E você é uma fortaleza ❤️ Você inspira e seguirá inspirando com sua arte, seja na música, seja na escrita.
    Com certeza alguém lá em cima está muito orgulhoso de você e da continuidade que está dando à história do grande Valdir Lanza, sempre em nossos corações 🌟

  15. Nossa Carol, que lindo. Impossível não escorrer lágrimas pelos meus olhos lendo esse texto. Espero que isso lhe de muita força para seguir cheia de lembranças de amor e orgulho. ❤️

  16. Quanta delicadeza e amor. Isso é você, que é parte dele, que faz parte de mim também, mesmo que seja um pouco. Carol, que sua estrada aqui seja brilhante como você é na vida! Orgulho, admiração e amor! Enorme beijo saudoso. Fique com Deus 🙏🏻✨❤️
    Nem preciso falar que chorei do início ao fim!

  17. Que texto incrível, Carolzinha! Parabéns pela iniciativa e coragem!

    Assim como seu pai, eu tenho certeza que o futuro do Vlog está em boas mãos!

    Ps.: sua gramática e linguística é excelente. É possível notar que você consegue trazer vida a estes momentos citados no decorrer do texto, mesmo após um momento trágico como o ocorrido.

  18. Com lembranças e palavras que nos transportam a momentos inesquecíveis, hoje Carol Lanza, vulgo Maria Ottília, se apresenta de forma familiar, com a mesma sensibilidade, um dom que transcende gerações.
    Valdir é insubstituível mas está muito bem representado.
    Te amamos boneca e nossos corações se confortam através do seu olhar e seu amor🙏🏼❤️

  19. Do misto de emoções que eu senti lendo esse texto, eu escolho a esperança pra me apegar e sustentar. Esperança, quase que certa, de que as coisas vão melhorar, vão dar certo. Perdemos um grande amigo mas continuamos com um grande aliado, que dessa vez, nos observa, guia e cuida de um outro ponto de vista. Um ponto de vista celeste. Contem comigo pra qualquer coisa, pra tudo.

  20. Me arrepiei, me emocionei e bem pouco sabia de ti além dos encontros esporádicos e sempre simpáticos no elevador .
    Conhecia seu pai, mas não sabia que era o seu pai , através da educação que também tenho laços familiares nesse mundo.
    Sinto e compartilho de sua dor, pq também perdi meu pai … muito mais cedo que o seu , não tenho tantas histórias e memórias para contar , mas conheço esse sentimento que um dia esteja certa que vai se transformar em algo muito melhor do que o que sente hoje .
    Sim … a vida nos atropela e tem momentos que não temos escolha , a não ser , sermos fortes !
    Certamente ele viveu, curtiu e deixou a melhor herança que um pai pode deixar ha um filho …
    Tenho certeza absoluta que dará com mastros sequência nesse projeto que ele idealizou e Ele estará orgulhoso de ti !

  21. Carol simplesmente maravilhoso , você escreve como ele , tenho certeza que ele estará mais presente em nós através de você.
    Ao eterno irmãozinho, muito amor e paz .
    Bjs

  22. Meu Deus! Quanta sensibilidade. Carol, você tenha certeza que vai continuar a espalhar a alegria, a risada, a forma de viver e debater temas que o Valdir faria. O fruto não cai longe da árvore. O legado está aí, e ele de algum “lugar” vai estar orgulhoso de você continuar o trabalho dele. Um beijo grande e tenha fé e coragem para sua nova missão.

  23. Que lindo esse texto Carol; Seu pai foi muito importante na minha carreira profissional, ele foi quem me deu a primeira oportunidade de estágio e até hoje permaneço no mercado de trabalho. Valdir Lanza realmente era um ser humano ímpar! Você tem mesmo e deve se orgulhar dele, e tenho certeza que de onde ele estiver está orgulhoso de você! Parabéns pelo texto. ❤️

  24. Carol te desejo toda força do mundo pra vc seguir em frente com sua garra e determinação. Amava muito o Valdir Lanza e tenho certeza que vc vai dar muito orgulho pra ele… onde quer que ele esteja e se divertindo como sempre, estará olhando por vc. Fica com Deus.

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