Cine indie: 8 animações mudas & curtas pra você assistir hoje

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Animação muda faz sentindo em 2022? Se faz ou não, é notável que artistas tão talentosos encontram nesse ramo profissional uma forma inteligente e autêntica para divulgar seus trabalhos, e ainda passar sentimentos para o público através de histórias e personagens significativos. 

O mercado independente é outro

Esse tipo de animação não bate recordes de bilheteria como Avatar (2009), que arrecadou mais de U$2 bilhões em bilheteria, ou Avengers Ultimato (2019), que, em apenas cinco dias, bateu a marca de US$1 bilhão de arrecadação. Esses dois filmes ocupam o 1º e o 2º lugar em recorde de bilheteria global, até o momento.
 
Muitos dos animadores independentes realizam excelentes obras com renda limitada e equipe enxuta, mas o resultado chama atenção de grandes produtoras. O apelo emocional, pelo menos para quem acompanha esse tipo de mercado, sempre está em destaque, afinal, normalmente trata-se de artistas iniciantes, com recursos reduzidos e muitas qualidades a oferecer para o meio do entretenimento. Quem gosta de obras assim expressa muito apoio, tipo a galerinha do YouTube (vale a pena conferir os comentários) e a do Mubi.

 

Hora do play!

 

Hoje eu trago 8 animações mudas internacionais para você assistir, espero que se divirta com cada uma delas! Lançados entre 1922 a 2019, em diferentes estilos como stop-motion, sombras e aquarela, com duração de 2min a 14min, cada link acompanha infos gerais sobre o curta; sem sinopse, por isso, a história e a interpretação eu deixo por conta de vocês.

 

1. The Maker I (EUA – 2011)

Curtinha e com um plot no final, The Maker na verdade é um personagem do livro The Magnum Opus. A animação divulga o livro – com maestria e sutileza. Escrita e produzida por Christopher Kezelos, nascido na Austrália e formado em Produção de Filmes nos Estados Unidos, Chris tem sua própria produtora, Zealous Creative, onde trabalha com Christine Kezelos, sua esposa. Seu trabalho é independente e The Maker foi exibido em mais de 60 festivais.

 

2. Wind (Alemanha – 2013) 

Simétrica e de tons terrosos, Wind é daquelas animações que refletem algum tipo de comportamento humano. Divertida, Wind diz tudo em menos de 4min. Seu animador é Robert Löbel, um alemão bem-humorado que gosta de produzir personagens alegres para acalmar sua mente e animar marcas legais, como Nickelodeon, MTV, Hulu, Zalando, Snapchat, TLGG, Ogilvy, Titmouse, Buck, Financial Times etc. 

 

3. Walter (Itália – 2019) 

Poética e lúdica como uma obra do Studio Ghibli, Walter é um premiado curta de animação feito pelo italiano Lorenzo Fresta. Um detalhe que mexe com nossos corações é que Lorenzo criou este projeto em 2019 como aluno da CalArts (California), cuja universidade tem Pendleton Ward, Tim Burton e Sofia Coppola como alunos notáveis. Fresta também tem participação em longas-metragens como Klaus (2019 – Netflix) e Luca (2021 – Pixar).

 

4. Sleeping Betty (Canadá – 2007) 

Esta eu consigo descrever sem dar spoiler: humanos e monstros contracenam em um cenário monarca super cômico onde uma princesa é vítima de um estranho ataque de narcolepsia. O enredo te lembra uma outra história? Pois bem, Sleeping Betty é uma reinterpretação do ilustrador e animador canadense Claude Cloutier sobre A Bela Adormecida, e divulgada pela NFB (National Film Board of Canada).

 

VEJA TAMBÉM: As animações mais assistidas de todos os tempos

 

5. Christmas Training (EUA – 2010) 

Mais um aluno presente da CalArts entregando ao mundo a arte de animação independente (e muda; risos). Christmas Training foi feito pela animadora sírio-americana Hannah Ayoubi como um trabalho acadêmico. Com isso, ela escreve, faz storyboards e dirige animações desde 2014. Hannah também fez trabalhos para Nickelodeon, Disney, Cartoon Network e Warner. (E sonha em criar galinhas com lencinhos na cabeça).

 

6. The Angler (Coreia do Sul – 2018)  

Com detalhes visualmente apreciáveis, The Angler tem uma proposta mais filosófica, assim como Walter. A animação dura quase 14min, tempo suficiente para refletir e se conectar com a história e os dois personagens principais. The Angler foi produzida pelo sul-coreano Seungwook Jangganhou, que ganhou mais de oito prêmios internacionais.

 

7. Piirongin Piiloissa (Finlândia – 2016) 

Fãs de stop-motion on? Então confira essa: Sanni Lahtinen é uma ilustradora e designer finlandesa que combina narrativa com imagem estática, que traz a sensação de desconforto e movimento. A artista diz em seu portfólio: “Costumo deixar minhas mãos, canetas e corpo pensarem, o que pode ser assustador e agradável”. Não preciso dizer mais nada, Piirongin Piiloissa é exatamente isso, assista!

 

8. Cinderella (Alemanha – 1922) 

Esta animação conta os principais pontos do filme Cinderela, um dos maiores clássicos da Disney, através de sombras. Produzida em 1922 por Lotte Reiniger, diretora de cinema alemã e a maior pioneira da animação de silhuetas, também ficou conhecida como mestre nesse estilo de animação. Lotte animou cerca de 60 filmes em gênero fantástico, de 1910 a 1970.

 

Curtiu a sessão de curtas? Espero que sim!

Se você é noveleiro(a), confira também: Meses, anos, décadas e novelas.

 

 

E vale repetir que os títulos de hoje são internacionais, porém, deixo no ar que posso voltar com animações brasileiríssimas! O que acha disso? 

 

Aguardo sua resposta nos comentários 😀

 

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