Esse tema surgiu na minha mente depois de escutar uma colega de classe dizer que os seus orientadores do tcc, (leia-se os meus também) aconselharam-na a “desistir do tema” sobre protagonismo feminino nos jogos. Mesmo com dados e pesquisas, eles continuavam dizendo que existia sim, e que esse não era um tema válido afinal de contas.
De acordo com a Pesquisa Game Brasil, realizada no ano de 2022, as mulheres representam 51% do público que faz parte do mundo dos jogos, com a preferência de uso sendo para smartphones. Já entre os consoles e computadores, esse número diminui drasticamente (36,1% e 41,5% respectivamente). Mas afinal de contas, o que faz isso acontecer?
Da esquerda para direita: Ellie (The Last Of Us), Aloy (Franquia Horizon), Lara Croft (Tomb Raider), Clementine (The Walking Dead), Jill Valentine (Resident Evil), Max Caulfield (Life is Strange). Imagens retiradas do Google.
A maior possibilidade, e geralmente a mais pensada quando se fala em mulheres gamers, é o comportamento tóxico que a maioria esmagadora enfrenta, principalmente em jogos multiplayer online. Eu mesma, por exemplo, evito jogar jogos que possuam chat de equipe (sendo de voz ou de texto) justamente por receio de sofrer ataques por simplesmente querer jogar e se distrair. Já li relatos de mulheres que sofreram ataques dos membros da equipe depois de cometer um erro, ou de sofrerem assédio ao se comunicarem por voz.
Você pode se perguntar “Mas porque não denunciar?” Simples, pois na maioria das vezes, a punição não adianta. Muitos nem ligam, e voltam ainda mais agressivos depois da suspensão. Eu não descarto fazer o que é correto, mas confesso que é sim cansativo você fazer a sua parte e ficar por isso mesmo.
O que podemos fazer é nos apoiarmos nessa comunidade feminina que vem crescendo a cada dia que passa, e entender que sim, todas as mulheres podem jogar e se divertir, afinal, os jogos foram feitos para serem uma fonte de entretenimento para todos.
Sobre mulheres no mundo gamer, gostaria de citar algumas das minhas favoritas e que eu vejo fazendo a diferença nesse cenário que não é nada favorável para nós, mulheres. A Riyuuka é uma delas, uma streamer que tem como conteúdos jogos como Valorant, League of Legends, entre muitos outros, mostra que sim, é possível jogar esses jogos e se divertir como qualquer outra pessoa. Agora falando de um dos meus jogos preferidos, Genshin Impact, a Anajup é um dos principais nomes do meio. Com o seu carisma enorme, simpatia e conhecimento vasto do jogo, ela é uma das minhas favoritas para assistir e apoiar. Já a Dani Liu é o combo de tudo: jogabilidade, humor e carisma. Se você quer se distrair e dar umas boas risadas, pode ter certeza que ela vai te proporcionar isso sem dúvidas!
Na ordem, da esquerda para a direita: Riyuuka, Anajup e Dani Liu. Reprodução: Instagram.
Na ordem, da esquerda para a direita: Riyuuka, Anajup e Dani Liu. Reprodução: Instagram.
Eu poderia ficar horas e horas falando sobre as várias mulheres que nos representam nesse meio, mas resolvi citar as três que eu acompanho há mais tempo. Mas o cenário atual está cheio delas e a tendência é crescer cada dia mais!