Ficar em casa confinado, academia fechada, sem evento, sem balada, passando o tédio do lockdown. Quanto vale a sociabilização do ser humano? Interagir com amigos, a galera do esporte, rodadas de negócios, a turma natureba, choppinho de sexta-feira, futebol, praia, entretenimento enfim, nossas indispensáveis redes de relacionamento.
A desconstrução de tabus históricos nos fez refletir sobre o que poderia estar superdimensionado. De repente, passamos a estudar, trabalhar, reunir, namorar, ouvir e falar através de um instigante cardápio de mídias disponíveis. A Pandemídia nos mostrou que é sim possível fazer as mesmas coisas, mas de outras maneiras.
Reuniões infindáveis com pautas extensas e discursos longos? Quantos de nós seguimos as mesmas rotinas há anos? Custo, tempo, necessidade, prioridade? Temos conseguido realizar os compromissos, seminários, congressos e eventos através de lives, webinars e outros formatos digitais, inclusive com apoio e patrocínio.
Cada vez mais as pessoas vão otimizar o tempo a favor de gostos, prioridades e estilo pessoal. As plataformas de videoconferência como: Hangouts, Skype, Microsoft Teams e outras já eram utilizadas corriqueiramente nos ambientes de negócios. Agora, se tornaram imprescindíveis. O Zoom, hoje, vale mais que as 7 maiores companhias aéreas do mundo juntas.
Todo ser humano com um perfil no Facebook ou Instagram vai, aos poucos, se transformando num digital influencer. A internet facilita muito. Basta um smartphone na mão, boas ideias na cabeça e uma certa habilidade para produzir o conteúdo. Os preconceitos foram esquecidos, as barreiras foram rompidas e o digital chegou pra ficar.
Há vinte anos, a televisão comandava o horário nobre. Hoje, você escolhe o horário nobre de acordo com as suas preferências, gosto ou perfil. Assiste o conteúdo predileto na hora, na mídia, no formato e na qualidade desejada. Depois ainda entra nas redes sociais, chat ou aplicativo para comentar ou se aprofundar em suas áreas de interesse.
Uma matéria na grande mídia demorava dias, semanas ou até meses para ser veiculada. Hoje, qualquer pessoa faz um vídeo pelo celular, posta na internet e meia-hora depois tem milhares de seguidores. A exposição e o retorno financeiro na mídia digital podem ser instantâneos. Você pode ser uma celebridade em 3 dias ou ir à lona em 3 segundos.
A Classmates foi a primeira rede social, criada em 1995, que tinha o intuito de encontrar colegas de escola, faculdade, trabalho e/ou serviço militar. Hoje, as redes sociais se tornaram um grande laboratório para a análise de hábitos de consumo, perfil de consumidores, segmentação de mercado, níveis de atratividade e comportamento social.
Tudo pode ser monitorado. O trajeto do filho à escola, o horário da entrega do delivery, os lançamentos do cartão de crédito ou o índice de satisfação daquele produto ou serviço. Cada vez mais as empresas vão obter o feedback necessário dos seus clientes, utilizando dispositivos e plataformas integradas para atrair, engajar e vender produtos e serviços.
A sociedade aprovou o home office. Está claro que as pessoas querem aproveitar mais tempo fazendo coisas que gostam ao lado das pessoas que amam. O caminho é otimizar o tempo, mudar os hábitos e surfar a tecnologia. O ser humano pós-pandemídia será talvez um combinado de: workaholic, digital influencer e lifestyle. All work and play.